Invadida, confusa e totalmente despida. Nua e congelada, na areia sob a lua, choro deitada. Tão dispersa, choro sem pressa, ninguém vai chegar, ninguém vem bisbilhotar. A praia é deserta. Estou nua e descoberta.
Descobrir... sentir... eu amo, mas não sou feliz. Nem infeliz.
Eu sou... eu sou alguém. Quem? Alguém que ama, mas reclama.
A Plena satisfação assusta-me. A paixão é injusta.
E essa onda que me invade... bate uma saudade... um frio... arrepio... prazer de te querer.
Não pude admitir... tive que fugir. Uma presa da paixão, indefesa no teu colchão... Apenas eu e o mar... segredos a contar. Não quero amar...
Tão úmida a areia. A lembrança me estonteia. O teu olhar estremece os meus sentidos.
Sou louca. Quero morrer... mas não sem antes te dizer:
que te amo, que te amei
tão intenso que não suportei ...
que te amo, que te amei
tão intenso que não suportei ...
sinto-me: animada